
A CAMINHO DA INTUIÇÃO
Sabemos utilizar os sentidos
Quando deles precisamos
A alguns nem lhes damos ouvidos
Tal a rotina com que os utilizamos
Ouvimos e cheiramos sem saber
O que estamos a ouvir ou a cheirar
E quando precisamos de Ver
Apenas olhamos sem observar
Tacteamos as coisas, não olhamos
O que estamos de facto a agarrar
E ficamos mudos quando falamos
Quando falamos apenas por falar
Olhamos simplesmente as flores
O seu perfume parecemos ignorar
E somos assim com os amores
Com que nos enganamos a amar
E vamos passando pela vida
Sem que a vida passe por nós
E da nossa imagem tão querida
Quando “vemos” já estamos sós
Falta-nos, nesta altura da evolução,
Darmos o salto para outro nível
Vermos com os olhos do coração
Não querermos o que é sofrível
E quando sabemos o que algo É
Vendo somente com o coração
Sem nos chegarmos sequer ao pé
Sabemos então o que é a intuição
Intuição é, pois, outro sentido
Em que prestamos toda a atenção
O sexto, que tem sido mantido
Tão fora da nossa compreensão
E somos incompletos sem ela
Falta-nos sempre algo maior!
A visão só da nossa janela
Não é a do ponto mais Alto: o Amor
Somos seres multifacetados,
Que os cinco sentidos, bem maiores
Para não estarmos manietados
Temos que nos tornar observadores
E observadores quer apenas dizer
Que existem tantas outras dimensões!
Para UM SER INTEIRO podermos SER
Abramos o coração a outras visões!
José António
Foto de Isabel Nobre na Serra da Estrela
2 Comments:
Olá, Frederica!
Que bom encontrar-te por aqui!
Os teus comentários ou envios de textos são sempre bem vindos!
Um xi coração
Isabel e José António
faco minhas as palavras da Frederica...
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