
SER INTEIRAMENTE...
Contributo de um membro do Ramo Koot Hoomi:
"Abrir o coração é desnudar-se,
é deixar de proteger-se...
Quem não arriscar
SER inteiramente,
será, seguramente,
CATIVEIRO DE SI".
Ana Paula Oliveira
Reflectindo um pouco, não só sobre a poesia, mas sobre a mensagem que transmite, o poema da Ana Paula suscitou-nos o seguinte:
SER, no que há de mais profundo e essêncial, sem os "adjectivos" ou "apêndices" aos quais normalmente ainda estamos tão agarrados e que confundimos conosco,implica deixar caír (nem que seja por
momentos) esses "apêndices" e abrir-se à nudez da Alma...
Esse SER desnudo apresenta-se, na sua luminosa simplicidade, livre e completo.
No entanto, no dia a dia vemos sobretudo a prática contrária.
A maior parte das pessoas agarra-se "com unhas e dentes" aos seus atributos mais exteriores ou conjunturais, identificando-se com os seus cargos, ambições ou traumas, esquecendo a capacidade de se "despirem" do supérfluo para chegarem a encontrar o cerne de si, aquele "OLHO DO FURACÃO" em que não se sente a tempestade.
Por isso os Sábios Orientais falam da Acção que nada faz... e ao nada fazer tudo repõe e transmuta. É o SER que transmuta tudo quanto toca na sua Presença.
Actuar assim é agir a partir de um nível que já não está dependente das conjunturas ou epitáfios, mas que surge do mais profundo do SER e por isso constitui sempre ACÇÃO RECTA. Não é acção pensada, é ainda anterior a esse nível em que tentamos demasiadamente controlar o eu.
Pelo contrário, como diz a Ana Paula, "quem não arriscar SER inteiramente" transforma-se em "cativeiro de si"...
Também enviar um contributo é uma
forma de se expor (desnudar o SER,) mas também de ir mais além do medo de SER. Obrigada à Ana!
Isabel Nobre
Legenda da FOTO:
Esta magnífica foto foi enviada por Helena Glórias, mambro do Ramo Koot Hoomi.
0 Comments:
Post a Comment
<< Home